Antes mesmo de ponderar sobre a penúltima película daquela que talves seja a franquia de maior sucesso EVER da história do cinema, todos temos que admitir que J.K. Rowling, a mente bilionária por trás (Ui!) do bruxo mais famoso, tanto do cinema, quanto do mundo conseguiu criar uma das máis fantásticas e atípicas sagas de fantasia que já vimos e que um dia veremos.

O estrondoso sucesso da série Harry Potter é sem sombra de dúvidas louvável e todo o contexto que advém dessa premissa, fez com que as adaptações para as telonas não ficassem pra trás em qualidade, riqueza de detalhes e muitos outros quesitos que eu poderia elucidar pra vocês durante horas, primeiro pelas mãos de Chris Columbos (Harry Potter e a Pedra Filosofal e Harry Potter e a Câmara Secreta), depois com a maestria de Alfonso Cuarón (Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban, que era o meu predileto até a última sexta), Mike Newell (Harry Potter e o Cálice de Fogo) e por fim, para preparar muito bem o tabuleiro do jogo para um clímax inesquecível, David Yates (Harry Potter e a Ordem da Fênix, passando por Harry Potter e o Enigma do Principe até chegar em Harry Potter e as Relíquias da Morte).

Cheguei ao cinema meio tenso, confesso. Já faz pelo menos uns 8 meses que tenho o livro, mas ainda não tinha me encorajado à ler, talvez por que prefirisse encher meus olhos com o deslumbre causado pelas adaptações cinematográficas, visto que até agora nenhuma delas tinha decepcionado, e quem sabe era esse o medo. Enfim, às 21:50, na última sessão da sexta-feira, 19 de Novembro de 2010, eis que catapultou diante dos meus olhos o prólogo do fim... um grande e vistoso exercício de maturidade e claustrofobia que estampou um enorme sorriso em meu semblante e fez sentir-me feliz por estar assistindo ao MELHOR DE TODOS OS FILMES DE HARRY POTTER.


Todos devem saber que o sétimo livro da franquia foi dividido em duas partes, certamente por interesses comerciais, e a primeira parte, começa quando Harry, Ron e Hermione iniciam sua perigosa missão para encontrar e destruir o segredo da imortalidade de Voldemort — as Horcruxes. A diferença é que dessa vez, nossos heróis estão sozinhos, sem orientação de seus mentores ou a proteção do professor Alvo Dumbledore. Neste ponto da saga, Harry Potter está cada vez mais próximo da tarefa para a qual está se preparando desde o primeiro dia em que pisou em Hogwarts:  assumir o papel daquele que fora eleito para destruir as forças do mal e travar a batalha final com Voldemort.

Harry potter não é mais coisa pra criança e é assaz a percepção por parte tanto da escritora, quanto dos diretores em saber que a audiência ficou mais madura, o que fez que desde O Prisioneiro de Azkaban, uma escuridão crescesse  junto dos personagens principais evoluindo a história da ingenuidade para as trevas e se distanciado da Inocencia dos dois primeiros, chegando agora à um climax heróico, sombrio e melancólico, sem todas aquelas cores e alegria. A tensão psicológica e emocional trazem à tona o clima de maturidade e tensão quase ininterruptos durante as duas horas de filme. Até as cenas de ação e perseguições estão bem mais pesadas, e aqui, um adendo para falarmos da magnífica direção de fotografia do português Eduardo Serra, que foi uma das grandes responsáveis por tudo isso, com seu tom de urgência frio e morto que torna latente a sensação de uma guerra iminente e, que a aventura está caminhando para o seu desfecho, que certamente entrará para a história.


O elenco está demais, com o destaque de Emma Watson. O filme é dela! Desde a primeira cena, onde Hermione tem de apagar da memória de seus pais sua própria existência apenas para salvá-los, o potencial da jovem atriz salta aos olhos e ela brilhantemente, rouba a cena durante quase todo o filme. Até o Ron admite, quando diz para Harry, que sem ela os dois estariam perdidos. Daniel Radcliffe também consegue externar o peso do mundo nas costas do protagonista e a maturidade adquirida desde "A Pedra Filosofal". Rupert Grint é o alívio cômico e as únicas gargalhadas do filme se devem à ele. Helena Bonham Carter mais uma vez dá um show na pele de excêntrica  Bellatrix Lestrange sendo a melhor vilã da franquia e as cenas de Carter com Emma Watson são fantásticas. Para finalizar, aquele que quase me alçou às lágrimas: Dobby reforçando o quanto os seres digitais podem assumir tamanha expressividade em cena e que protagonizou aquela que talvez seja uma das mais emocionantes do longa.


Alexandre Desplat compõe a trilha sonora que cresce nos momentos certos, sendo sutil quando precisa e trazendo beleza à nuance que cada cena tem, destaque aqui para a dança de Harry e Hermione, uma das mais sensíveis, maduras e belas do filme.

A película é rica em detalhes, onde muitos elementos e personagens da franquia são mostrados, sem dar muitas explicações, o que pode desagradar aqueles que não acompanharam a série como deveriam, mas certamente vai agradar a todos. Esse foi o único ponto negativo que encontrei, mas para aqueles que não conhecem a história à fundo, pois em dado momento acontece tudo muito rápido, mas o que falta na narrativa é compensado em muitas outras coisas.

Harry Potter e as Relíquias da Morte, é um filme muito mais psicológico que didático. Há sim sequências de tirar o fôlego como a do início e embasbacantes como a do ataque ao café, mas o que vale mesmo é a força de vontade dos protagonistas (que nesse ponto já são heróis plenos) em não sucumbir à pressão do desespero. A construção de todo esse cenário de amadurecimento torna o filme superior e manteve aquele sorriso (que mencionei no início desse texto) em minha face até o final. Eu cresci e amadureci ao lado desse trio, e acho que é por isso que considero o filme tão especial e agora, depois de quase 13 anos acompanhando, digo à vocês que Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1, não é o filme do ano, mas concerteza está entre os melhores e o importante mesmo nele é preparar o expectador para a segunda parte, que irá culminar quem sabe, no final mais ÉPICO de todos os tempos!!!


5 Comentários:

não cheguei a assistir todos os filmes...mas acho muito legal...esses filmes...os efeitos especiais tudo;...muito bom...

eu vi todos os filmes, aind nao vi o novo, mas verei e sua critica, ajudará na compreensão

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Boa crítica.
Infelizmente, vi o filme e não gostei muito da enrolação no meio da história. O negócio praticamente pára e dá sono. Toda aquela parte da floresta poderia ter sido feita em 20 minutos.
Creio que dava pra fazer um filme só, e que esse negócio de dividir em dois foi mesmo pura jogada de produção pra faturar + grana.
Coisas que me incomodaram tb: o que aconteceu com a Maggie Smith, aquela inútil? Não mostraram nada do que acontece na escola, como se mais nada existisse além dos três. Harry + Ginny = fail.

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