Eu nunca quis assistir Marley e Eu. Li o livro com um nó na garganta gigantesco e ver o filme, só ia me fazer ter certeza que sou mole demais pra histórias que podem acontecer comigo, por isso prefiro ficção. Só de pensar em um dia ter que dizer adeus pros meus fieis companheiros caninos (O Pingo e o Sid) assim como acontece no filme, já me causava uma indiscritível sensação de vazio e melindre que não gosto nem lembrar, mas infelizmente a vida não é feita só de sensações e sim de fatos. Há alguma semanas de repente, não mais que de repente, um dos melhores amigos que já tive deixou a vida, pra entrar pra história deste que vos escreve.
É engraçada a diferença que esses pequenos fazem nos nossos dias. Posso até estar exagerando, mas pra mim ele o fez e por quase 10 anos, período esse que compreente a pior e a melhor fase da minha agridoce vida até agora, esse pequeno amigo estava lá me ajudando a comprender o naco de conhecimento que eu tinha do mundo: ascenções, quedas, mudanças, crises, aprendizados, amadurecimentos, idas, vindas, conquistas, alegrias, lágrimas e dentre amigos que vinham e que iam, lá estava ele sempre fiel o tempo todo, e agora me dou conta de que, quem sabe, era isso que ele tinha que fazer... quem sabe essa era sua missão. Putamerda, os cachorros não deveriam morrer, eles fazem muito bem pra nossas vidas. Sem tempo ruim, sempre atentos, sempre alí...
Estatisticamente falando, posso me considerar um cagão pois as lágrimas começaram a verter desde o início deste post, e eu não quero torná-lo um texto cheio de frases lapidares e nem meio galhofas (total galhofas), mas sim compartilhar com vocês uma nostálgica lembrança daquele que agora, deve estar correndo atrás de gatos no céu dos cachorros (ou simplesmente olhando atentamente eles beberem seu leite, como sempre fazia) e que vai estar sempre comigo. Como dizia o android na propaganda do Johnnie Walker, "pra alcançar a imortalidade, basta fazer algo notável, que o torne inesquecível"... e ele o fez.
Vai com Deus Pingo =/